Conferências com discussão

Conferência 1

Quinta-feira, 7 de julho, 11h30

Anfiteatro da ESE/IPS

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais no 1.º ano de escolaridade

Célia Mestre, Agrupamento de Escolas Romeu Correia; Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Setúbal (professora requisitada)
Cristina Martins, Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Bragança
Cândida Tourais, Professora titular de turma do 1º ano no Agrupamento de Escolas de Azeitão
Isabel Guerra, Professora titular de turma do 1º ano no Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Bragança

Resumo
A operacionalização do novo Programa de Matemática do Ensino Básico, no formato das Aprendizagens Essenciais (AE), foi iniciada neste ano letivo de 2021/22, a partir de um trabalho colaborativo que envolveu professores titulares de turma, autores das AE e outros elementos do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática. Nesta conferência partilharemos o trabalho desenvolvido no grupo do 1.º ano de escolaridade, destacando aspetos tais como a planificação e aplicação de tarefas matemáticas na sala de aula, com evidências do trabalho desenvolvido pelos alunos, suas aprendizagens e dificuldades. Destacaremos ainda o trabalho colaborativo desenvolvido no grupo, refletindo sobre o processo de aprendizagem que foi promotor do desenvolvimento profissional de todos os envolvidos, onde a reflexão foi uma constante que conduziu a tomada de decisões e permitiu a apropriação do papel do professor enquanto agente crítico como (re)construtor ativo de um novo currículo.

Célia Mestre: Professora de 1.º ciclo a exercer funções como professora requisitada na Escola Superior de Educação de Setúbal. Doutoramento em Educação, especialidade Didática da Matemática, pelo Instituto de Educação (IE) da Universidade de Lisboa (UL). Pós-Graduação em Tecnologias e Metodologias da Programação no Ensino Básico, pelo IE da UL, Mestrado e Licenciatura em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da UL e Licenciatura em Ensino da Matemática e Ciências da Natureza, pela Escola Superior de Educação de Beja. Tem experiência na formação contínua e inicial de professores no âmbito da Didática da Matemática. Coautora do relatório Recomendações para a melhoria das aprendizagens dos alunos em Matemática (2018), coautora das novas Aprendizagens Essenciais de Matemática do Ensino Básico (2021) e atualmente integra o Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática.

Cristina Martins: Docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança. Doutora em Educação, Especialidade Didática da Matemática, com uma tese centrada no desenvolvimento profissional de professores de 1.º CEB. Do seu curriculum vitae destaca a docência na formação inicial de educadores e professores; a ligação à formação contínua de professores como formadora (nomeadamente do Programa de Formação Contínua em Matemática (2005-2010) e coordenadora do gabinete de formação contínua da ESE de Bragança durante 10 anos. Integra vários projetos de investigação. Participou num projeto piloto com e para professores do 1.ºCEB e educadores de infância centrado no sucesso escolar; e coordenou um estudo sobre crenças, saberes e práticas de professores. Atualmente integra o Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática.

Cândida Tourais: Bacharelato em Ensino Primário e Licenciatura em docência do 1º Ciclo, Especialização em Matemática. Exerceu várias funções de lideranças intermédias, Coordenadora de Estabelecimento, Coordenadora de Ano e de gestão escolar como Adjunta da Diretora. Professora cooperante na Formação Inicial de Professores do Ensino Básico com a Escola Superior de Educação de Lisboa, Escola Superior de Educação de Setúbal e com o Instituto Piaget. Atualmente é professora titular de turma do 1.º ano no Agrupamento de Escolas de Azeitão.

Isabel Guerra: Licenciatura em professores do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Exerceu funções de lideranças intermédias, Coordenadora de Ano e Coordenadora de Departamento.
Exerceu função como Coordenadora de Escola PIRLS 2016 (IAVE) e é formadora do CFAEBN.
Participou em encontros na área da educação matemática como o BragançaMat e o Encontro de Matemática nos Primeiros Anos.
Participou no projeto piloto da CIM-TTM, “Prevenir para melhorar Bragança”; projeto Erasmus+ e integra o projeto das Escolas Bilingues “Escolas de Fronteira”, da DGE.
Atualmente, exerce funções como professora titular de turma do 1.º ano no Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Bragança.


Conferência 2

Quinta-feira, 7 de julho, 11h30

Anfiteatro da ESCE/IPS

A operacionalização antecipada das novas Aprendizagens Essenciais de Matemática no 7.º ano

Leonor Santos, UIEDF e Instituto de Educação da Universidade de lisboa, leonordsantos@sapo.pt
António Cardoso, Agrupamento de Escolas de Reguengos de Monsaraz, antonio.cardoso@aermonsaraz.com
Sandra Lino Raposo, Escola Secundária de Pinhal Novo, sandra.raposo@espinhalnovo.org
Paulo Correia, Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal, paulomic@gmail.com
Rui Gonçalo Espadeiro, CCTIC da Universidade de Évora, rge@uevora.pt

Resumo
No âmbito da operacionalização das novas Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico, foi antecipada a concretização das novas orientações curriculares para o 7.º ano de escolaridade em duas turmas de Portugal Continental, em 2021/22. Este trabalho tem sido desenvolvido colaborativamente envolvendo os professores das duas turmas selecionadas e autores destas novas orientações curriculares.
Esta conferência com discussão terá por base o trabalho realizado ao longo de todo o ano letivo, neste contexto. Em particular, abordar-se-ão opções tomadas na planificação dos diferentes conteúdos de aprendizagem moldadas pelas orientações curriculares prescritas; serão apresentadas tarefas propostas aos alunos, sua exploração e aprendizagens delas decorrentes; e desafios colocados que foram sendo enfrentados pelos professores e formas de lhes dar resposta. Um balanço e reflexão sobre o trabalho desenvolvido serão igualmente tidos em conta nesta conferência.

Leonor Santos é Professora Associada com Agregação jubilada do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IEULisboa). É membro da UIDEF do IEULisboa. Foi presidente do Conselho de Escola, e é atualmente Vice-Presidente da Comissão de Ética do IEULisboa. É autora ou coautora de mais de 300 publicações.
Representa Portugal no Projeto Mathematics Curriculum Document Analysis, integrado no “Future of Education and Skills, Education 2030” da OCDE, é conselheira do Conselho Nacional de Educação, e membro do Conselho Científico do IAVE. Coordenou a Comissão de Acompanhamento do Plano da Matemática (2006-2012). Foi membro da equipa que elaborou as Recomendações para a melhoria das aprendizagens dos alunos em Matemática (2018-2020) e da responsável pelas novas Aprendizagens Essenciais da Matemática para o Ensino Básico (2021). Atualmente coordena o Grupo de Trabalho do Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática responsável por medidas de apoio à generalização das novas AE.

António Barral Cardoso é professor de Matemática do ensino básico e secundário. Licenciado em Ensino de Matemática e tem o curso de especialização do Mestrado em Educação Matemática, pela Universidade de Évora. Desenvolve também atividade como formador de professores.

Sandra Lino Raposo é professora de matemática do ensino básico e secundário. Foi Professora Acompanhante da Implementação do Programa de Matemática de 2007. Desenvolveu algumas atividades ao nível da formação de professores (Didática Específica – Matemática).

Paulo Correia é Professor de Matemática do ensino básico e secundário. Desenvolve também atividade como formador de professores. É um membro ativo da APM, tendo integrado a Direção, o Grupo de Trabalho do Secundário, o Conselho Científico do IAVE em representação da APM e foi presidente da Assembleia Geral.
Foi membro da equipa que elaborou as Recomendações para a melhoria das aprendizagens dos alunos em Matemática (2018-2020) e da responsável pelas novas Aprendizagens Essenciais da Matemática para o Ensino Básico (2021). Atualmente pertence ao Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Curricular e Profissional de Matemática responsável por medidas de apoio à generalização das novas AE.
Mantém a página de Internet https://mat.absolutamente.net/

Rui Gonçalo Espadeiro é professor de Matemática do ensino básico e secundário. Atualmente em mobilidade na ERTE/DGE, exerce funções técnico-pedagógicas no Centro de Competência TIC da Universidade de Évora, onde presta apoio a escolas e professores na integração do digital em contextos educativos.
Licenciado em Ensino de Matemática pela Universidade de Évora e mestre em Ciências da Educação – Supervisão Pedagógica, pela mesma universidade, tendo desenvolvido um trabalho de investigação em torno das tecnologias na educação matemática em Portugal.
Tem participado em projetos de investigação em áreas relacionadas com a integração de tecnologias na educação, mais concretamente a programação, robótica e o desenvolvimento do pensamento computacional. Integrou o Grupo de Trabalho da Revisão Curricular das Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico. Atualmente pertence ao Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Curricular e Profissional de Matemática responsável por medidas de apoio à generalização das novas AE.


Conferência 3

Quinta-feira, 7 de julho, 14h45

Anfiteatro da ESCE/IPS

O pensamento computacional no currículo de Matemática do ensino básico

Rui Gonçalo Espadeiro, CCTIC da Universidade de Évora, rge@uevora.pt

Resumo
O pensamento computacional está contemplado no novo documento curricular de Matemática do ensino básico, no formato de aprendizagens essenciais, que entrará em vigor a partir do ano letivo 2022/2023. Neste documento, o pensamento computacional surge como uma capacidade matemática e, como tal, deverá ser desenvolvido a par com as outras capacidades matemáticas e devidamente enquadrado com a abordagem aos temas que constam do programa.
Nesta conferência com discussão será feita a contextualização da integração do pensamento computacional no currículo e serão apresentados alguns exemplos de tarefas, a partir das ações estratégicas de ensino do professor, com potencial para desenvolver o pensamento computacional nos alunos.

Rui Gonçalo Espadeiro é professor de Matemática do ensino básico e secundário. Atualmente em mobilidade na ERTE/DGE, exerce funções técnico-pedagógicas no Centro de Competência TIC da Universidade de Évora, onde presta apoio a escolas e professores na integração do digital em contextos educativos.
Licenciado em Ensino de Matemática pela Universidade de Évora e mestre em Ciências da Educação – Supervisão Pedagógica, pela mesma universidade, tendo desenvolvido um trabalho de investigação em torno das tecnologias na educação matemática em Portugal.
Tem participado em projetos de investigação em áreas relacionadas com a integração de tecnologias na educação, mais concretamente a programação, robótica e o desenvolvimento do pensamento computacional. Integrou o Grupo de Trabalho da Revisão Curricular das Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico. Atualmente pertence ao Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Curricular e Profissional de Matemática responsável por medidas de apoio à generalização das novas AE.


Conferência 4

Quinta-feira, 7 de julho, 14h45

Anfiteatro da ESE/IPS

Perspectiva na arte do Renascimento

Pedro Macias Marques, Universidade de Évora, pmm@uevora.pt

Resumo
O estudo da perspectiva é uma óptima oportunidade para trabalharmos propriedades elementares da geometria. Foi no Renascimento que surgiram as primeiras construções rigorosas de perspectiva linear, evoluindo depois, até ao nascimento da geometria projectiva.
Com o pretexto da edição do livro digital “Arte e Geometria no Renascimento”, do Eduardo Veloso, ainda inacabada mas já disponível na página da APM, vamos olhar para construções geométricas propostas por Leon Battista Alberti (1404 – 1472) e por Piero della Francesca (c. 1416/17 – 1492). Tentaremos percebê-las tal como foram propostas, mas também usando ferramentas disponíveis hoje em dia, como a perspectiva cavaleira.

Pedro Macias Marques é professor auxiliar no Departamento de Matemática da Universidade de Évora. Doutorado em Matemática pela Universidade de Barcelona (2009), fez a licenciatura e o mestrado em Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Faz investigação em geometria algébrica e em álgebra comutativa, e colabora desde 1999 no Grupo de Trabalho de Geometria da Associação de Professores de Matemática. Mantém desde essa altura contacto com o ensino básico e secundário, através de sessões práticas em escolas, orientações de estágios pedagógicos, formação de professores e sessões no Profmat. Em 2021 integrou o Grupo de Trabalho da Revisão Curricular das Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico.


Conferência 5

Quinta-feira, 7 de julho, 16h00

Anfiteatro da ESCE/IPS

Um ano de operacionalização das novas Aprendizagens Essenciais no 5.º ano

Elvira Santos, Agrupamento de Escolas Álvaro Velho, elviralazarosantos@gmail.com
Lina Brunheira, Escola Superior de Educação de Lisboa, lbrunheira@eselx.ipl.pt
Irene Martins, Agrupamento de Escolas Álvaro Velho, iremartins@gmail.com
Susana Serra, Agrupamento de Escolas Moinhos da Arroja, sccserra@gmail.com

Resumo
O novo programa de Matemática para o Ensino básico, elaborado por uma equipa pluridisciplinar, composta por especialistas em Didática da Matemática, em Matemática e por professores experientes dos diversos níveis de ensino, foi homologado em Agosto de 2021. No ano letivo 2021/22 deu-se a sua operacionalização antecipada nos 1º, 3º, 5º e 7º anos de escolaridade num total de 8 turmas, em que duas dessas turmas são do 2º ciclo.
O grupo de operacionalização do 2.º ciclo conta com membros do grupo de trabalho DCPM – Desenvolvimento Curricular e Profissional em Matemática – e duas professoras que se encontram a lecionar o 5.º ano de escolaridade.
Nesta conferência será apresentado o percurso de operacionalização deste programa construído pelo grupo, incluindo as conexões internas e externas entre os diferentes temas matemáticos, realizadas ao longo do ano letivo. Serão, também, apresentadas algumas experiências letivas em torno de tarefas que promovem estas conexões, bem como o desenvolvimento de capacidades matemáticas.

Elvira Maria Tavares Lázaro dos Santos é Licenciada em Matemática-Ramo Educacional e Mestre em Educação e Informática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Doutorada em Educação-Didática da Matemática pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
Desde 1990 que participou em diversos projetos Nacionais e Internacionais inovadores, no âmbito da tecnologia e do desenvolvimento curricular, tais como: Projetos MINERVA e NÓNIO; Elemento da Comissão do Projeto Nacional do Plano de Matemática; Elemento do grupo de trabalho para a “Revisão Curricular das Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico” – RCAEMEB; Elemento do grupo de trabalho “Desenvolvimento Curricular e Desenvolvimento Profissional em Matemática” – DCPM. Membro da equipa editorial da revista Educação e Matemática-APM.
É professora desde 1979 tendo lecionado no 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no Ensino Superior. Desde 1984 que se tem dedicado à formação inicial e contínua de professores, conta com várias publicações no âmbito da Educação Matemática quer em livros, quer em artigos em revistas e atas de Encontros de Professores. É ainda autora de manuais escolares de Matemática, desde 2001.

Lina Brunheira é Licenciada em Ensino da Matemática e Mestre em Didática da Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Doutorada em Educação-Didática da Matemática pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
Desde 1994 que participa em diversos projetos de desenvolvimento curricular, formação e investigação, entre os quais destaca: Matemática Para Todos – investigações na sala de aula; Professora Acompanhante do Plano da Matemática II e do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico; Projeto Reason; Elemento do grupo de trabalho para a “Revisão Curricular das Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico” – RCAEMEB; Elemento do grupo de trabalho “Desenvolvimento Curricular e Desenvolvimento Profissional em Matemática” – DCPM. Na APM, foi diretora da revista Educação e Matemática durante nove anos, mantendo-se ainda como membro da equipa editorial.
É professora desde 1994, tendo lecionado no 3.º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Desde 2012, leciona na Escola Superior de Educação de Lisboa onde se tem dedicado particularmente à formação inicial de educadores de infância e professores de 1.º e 2.º ciclos.

Maria Irene Pereira Lúcio Martins é Licenciada em Ensino na Área de Matemática e Ciências Naturais, pela Escola Superior de Educação de Lisboa. Professora do Agrupamento de Escolas de Álvaro Velho do grupo 230.Desempenhou funções como: Coordenadora dos Diretores de Turma do 2.º Ciclo; Elemento do Conselho Diretivo; Coordenadora do Projeto dos Currículos Alternativos.
Participou em diversos projetos tais como: Projeto NÓNIO – séc. XXI; Projeto Nacional do Plano de Matemática (como Coordenadora na Escola EB 2/3 de Álvaro Velho); Projeto eTwinning; Projeto Erasmus ka1.
Foi membro da Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Professores de Matemática (ProfMat 99). Dinamizadora de várias sessões práticas e de um curso em Encontros Nacionais de Professores de Matemática (ProfMat).
Autora de manuais escolares de Matemática de 2001 a 2005.

Susana Cristina Cordeiro Serra é Licenciada em Ensino Básico variante Matemática e Ciências e Mestre em Educação Matemática pela Escola Superior de Educação de Lisboa.
Formadora acreditada pelo CCPFC nas áreas de Didática Geral e Didáticas especificas (Matemática e Ciências da Natureza) desde 2013.
É professora desde 2000 tendo lecionado no 1.º e no 2.º ciclos do ensino básico.


Conferência 6

Quinta-feira, 7 de julho, 16h00

Anfiteatro da ESE/IPS

Alterando os caminhos do insucesso escolar

Ana Maria Dias Bettencourt, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, ani.bettencourt@netcabo.pt

Resumo
Portugal registou progressos muito significativos em matéria de acesso à educação.
Persistem contudo desigualdades, estando o insucesso escolar acumulado na origem de grande parte do abandono precoce da escolaridade. É necessário assumir alternativas à retenção, como processo de gestão pedagógica do insucesso escolar, numa escola que queremos inclusiva e capaz de valorizar a diversidade das populações escolares.
As políticas educativas, a organização das escolas, a pedagogia, a formação de professores, poderão contribuir de modo decisivo para a melhoria das aprendizagens e para a redução do insucesso escolar. A partir de inovações nestas matérias desenvolvidas em projetos pedagógicos que acompanhei, tentarei dar algumas respostas a questões como:
Que políticas, princípios pedagógicos e estratégias poderão contribuir para diminuir o insucesso escolar?
Como organizar a formação de professores em contexto bem como a partilha de soluções organizativas e pedagógicas de modo a contribuir para uma melhor gestão da complexidade e do bem-estar de alunos e professores?
Como gerir e dar sustentabilidade às mudanças necessárias?

Ana Maria Dias Bettencourt professora emérita do Instituto Politécnico de Setúbal.
É presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Lisboa
Integra o grupo Inquietações Pedagógicas e colabora com o Jornal de Letras.
Coordenadora de projetos de formação de professores e de investigação na área da educação designadamente sobre insucesso escolar, educação para a cidadania e para o desenvolvimento sustentável.
Tem publicações nestas áreas.
Acompanhou projetos no âmbito do Plano ProSucesso-Açores ( 2015-19).
Foi presidente do Conselho Nacional de Educação (2009 a 2013), onde dirigiu a criação do “Estado da Educação”, publicação anual.
Como assessora da Casa Civil do Presidente da República e deputada à A. República interveio no domínio das políticas educativas.
Foi Professora e Presidente do Conselho Diretivo da ESE de Setúbal.
É licenciada em Psicologia com doutoramento (terceiro ciclo) – em Ciências da Educação na Universidade de Paris V- Sorbonne.


Conferência 7

Sexta-feira, 8 de julho, 9h15

Anfiteatro da ESCE/IPS

EMOÇÃO, RAZÃO, JOGOS E MATEMÁTICA

José Paulo Viana, (aposentado), zepaulo46@gmail.com

Resumo
No nosso dia-a-dia todos nós tentamos ser racionais (normalmente, o mais possível) nas decisões que tomamos. Por outro lado, também somos emotivos e isso pode afetar as decisões que adotamos. Será que usamos a lógica como deve ser? E que lógica? Se formos completamente lógicos, seremos perfeitamente racionais?
Vários jogos e várias experiências, com a ajuda da matemática, permitem descobrir, nem que seja só parcialmente, como pensamos e como agimos. Assim, poderemos talvez conhecer-nos melhor, quer como indivíduos, quer enquanto seres sociais. E perceber que, por vezes, a lógica pode ser ilógica.
Finalmente, a Matemática, a ciência racional por excelência. Será que a emoção não tem aí nenhum papel?

José Paulo Viana é Professor aposentado do ensino básico e secundário. Formador de professores. Divulgador de matemáticas recreativas em conferências, em revistas e em livros. Entusiasta da resolução de problemas, das probabilidades e da magia matemática.


Conferência 8

Sexta-feira, 8 de julho, 10h30

Anfiteatro da ESCE/IPS

Não basta explicar bem? O muito que há para além dos aspetos cognitivos da aprendizagem da matemática

Nélia Amado, Universidade do Algarve e UIDEF, namado@ualg.pt
Susana Carreira, Universidade de Lisboa, scarrei@ualg.pt

Resumo
As novas Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico deixam clara a necessidade de promover uma predisposição positiva para aprender matemática, o gosto pela matemática e a autoconfiança na aprendizagem desta disciplina. Todos estes aspetos se incluem no domínio afetivo ao qual a aprendizagem está fortemente vinculada.
Nesta conferência procuramos apresentar e discutir alguns dos conceitos mais relevantes, em particular, as emoções, as atitudes e os valores, na criação de um ambiente favorável à aprendizagem da matemática. Iremos ilustrar esta discussão com resultados de alguns estudos realizados em sala de aula que nos ajudam a compreender como os aspetos afetivos são indissociáveis da atividade matemática e das práticas de sala de aula. Diversos estudos mostram como as ações do professor, nomeadamente as estratégias de ensino e a gestão de sala de aula, têm uma ligação com as suas conceções e valores sobre o ensino e a aprendizagem da matemática.
Nem sempre o professor tem consciência deste tipo de variáveis que influenciam o desenvolvimento do gosto pela matemática e pela sua aprendizagem. O sucesso dos alunos em matemática, numa escola para todos, não pode, pois, ignorar os aspetos afetivos.

Nélia Amado é doutorada em Matemática, especialidade de Didática da Matemática, pela Universidade do Algarve. É professora auxiliar da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e colaboradora externa do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, no Brasil. No domínio da investigação em Educação Matemática tem como principais áreas de interesse a formação de professores, a utilização das tecnologias no ensino e aprendizagem da matemática, a resolução de problemas, a Educação STEM e os aspetos afetivos na educação matemática. Tem participado em diversos projetos de investigação e projetos relacionados com a formação de professores de matemática. Orienta teses e dissertações em Portugal e no Brasil. Participa em diversas conferências nacionais e internacionais e é autora de livros e de artigos em revistas nacionais e internacionais.

Susana Carreira é doutorada em Educação, na especialidade de Didática da Matemática, pela Universidade de Lisboa. Atualmente é Professora Associada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e Professora Associada Convidada do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. É colaboradora externa do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, no Brasil. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação em vários domínios da Educação Matemática, nomeadamente: tecnologias no ensino e aprendizagem da matemática, modelação matemática e Educação STEM, resolução de problemas, criatividade matemática e afetos na educação matemática. Participou em vários projetos e foi Investigadora Principal do projeto Problem@Web. É orientadora de teses e dissertações em Portugal, no Brasil e na Argentina. Tem participado ativamente em várias conferências internacionais e é autora de livros e artigos em revistas nacionais e internacionais.


Conferência 9

Sexta-feira, 8 de julho, 10h30

Anfiteatro da ESE/IPS

UM ANO DE OPERACIONALIZAÇÃO DAS NOVAS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS NO 3.º ANO

Ana Paula Canavarro, Universidade de Évora, apc@uevora.pt
Lina Brunheira, Escola Superior de Educação de Lisboa, lbrunheira@eselx.ipl.p
Manuela Vicente, Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, maria.vicente@aegp.edu.pt
Susana Brito, Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire, 110susanabrito@prof.aebf.pt

Resumo
Há cerca de um ano foram homologadas as novas Aprendizagens Essenciais de Matemática para o ensino básico, que se constituem como um novo programa para a disciplina, a entrar em vigor no próximo ano letivo, nos três ciclos de ensino. No ano letivo que agora termina, levámos a cabo a operacionalização do programa em duas turmas de 3.º ano de duas escolas públicas. Este desafio implicou a planificação focada nos vários conteúdos do programa, nomeadamente conhecimentos, capacidades e atitudes, sua articulação com o PASEO, bem como o desenvolvimento da prática consistente com as ações estratégicas propostas no documento. Esta planificação foi ainda informada pela reflexão sistemática sobre a prática, em particular sobre as aprendizagens evidenciadas pelos alunos, que nos foi apontando aspetos a melhorar, consolidar, mas também práticas com muito sucesso.
Nesta conferência partilharemos parte da experiência vivida neste ano letivo, com exemplos de tarefas realizadas na sala de aula e elementos ilustrativos dos desempenhos dos alunos, articulando com os princípios e objetivos do programa.

Ana Paula Canavarro é Professora Associada na Universidade de Évora, na Escola de Ciências Sociais, Departamento de Pedagogia e Educação. É membro integrado do Centro de Investigação em Psicologia e Educação (CIEP) da Universidade de Évora e colaboradora da Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação (UIDEF), da Universidade de Lisboa. É a atual presidente da Sociedade Portuguesa de Investigação em Educação Matemática. Na Universidade de Évora, coordena o curso de Mestrado em Ensino da Matemática e integra a direção do Programa de Doutoramento em Ciências da Educação e do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1º Ciclo. Os seus interesses na área da investigação têm, sobretudo, incidido no desenvolvimento e conhecimento profissional de professores e nas práticas curriculares dos professores que ensinam Matemática. Coordena o Projeto MatÉvora, um projeto de desenvolvimento e investigação que encoraja crianças e professores à exploração de conexões matemáticas com a cidade, contribuindo para uma educação integrada promotora de competências necessárias para o século 21. Tem participado em projetos financiados pela FCT e pela FCG e tem proferido conferências convidadas em congressos nacionais e internacionais e publicado em revistas nacionais e internacionais na área da Investigação em Educação Matemática. É sócia fundadora da Associação de Professores de Matemática, tendo sido diretora da Revista Educação e Matemática durante nove anos. Já colaborou diversas vezes com o Ministério da Educação, tendo pertencido às Comissões de Acompanhamento do Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º e 2º ciclos e do Plano para a Ação em Matemática e, mais recentemente, ao Grupo de Trabalho em Matemática. É coordenadora do grupo responsável pela revisão curricular em curso do programa de Matemática no Ensino Básico.

Lina Brunheira é Licenciada em Ensino da Matemática e Mestre em Didática da Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Doutorada em Educação-Didática da Matemática pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
Desde 1994 que participa em diversos projetos de desenvolvimento curricular, formação e investigação, entre os quais destaca: Matemática Para Todos – investigações na sala de aula; Professora Acompanhante do Plano da Matemática II e do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico; Projeto Reason; Elemento do grupo de trabalho para a “Revisão Curricular das Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico” – RCAEMEB; Elemento do grupo de trabalho “Desenvolvimento Curricular e Desenvolvimento Profissional em Matemática” – DCPM. Na APM, foi diretora da revista Educação e Matemática durante nove anos, mantendo-se ainda como membro da equipa editorial.
É professora desde 1994, tendo lecionado no 3.º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Desde 2012, leciona na Escola Superior de Educação de Lisboa onde se tem dedicado particularmente à formação inicial de educadores de infância e professores de 1.º e 2.º ciclos.

Manuela Vicente concluiu mestrado em Educação Matemática, na Universidade de Évora. Já exerceu funções como professora de Matemática e Ciências da Natureza no 2.º ciclo, mas é no 1.º ciclo do Ensino Básico que tem desenvolvido maioritariamente a sua atividade profissional.
De 2005 a 2010 foi formadora no Programa de Formação Contínua em Matemática, no Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora, com o qual tem colaborado, no domínio da formação de professores do 1º ciclo, como professora cooperante.
É co-autora das Novas Aprendizagens Essenciais para o Ensino da Matemática no Ensino Básico.
Este ano letivo foi professora aplicadora das Novas Aprendizagens Essenciais de Matemática do 3.º ano.

Susana Brito é bacharel no Primeiro Ciclo do Ensino Básico pela Escola Superior de Educação João de Deus, licenciada no Ensino Básico variante Matemática/Ciências da Natureza pela Escola Superior de Educação Almeida Garret e pós-graduação em Didática da Matemática, pela Faculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa e Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa. É professora no 1.º Ciclo e representante da área de matemática no Agrupamento de Escolas Braamcamp Freire.
Este ano letivo foi professora operacionalizadora das Novas Aprendizagens Essenciais de Matemática do 3.º ano.


Conferência 10

Sexta-feira, 8 de julho, 12h00

Anfiteatro da ESCE/IPS

Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Secundário

Jaime Carvalho e Silva, CMUC e Departamento de Matemática, Universidade de Coimbra, jaimecs@mat.uc.pt
João Almiro, Escola Secundária de Tondela, joalmiro@gmail.com
Susana Carreira, Universidade do Algarve e UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, scarrei@ualg.pt

Resumo
As Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Secundário estão em discussão pública até 15 de setembro.
Com esta conferência pretende-se contribuir para a divulgação das suas ideias chave, dando um relevo especial àquelas que consideramos mais inovadoras.
Para o efeito, começamos recordando as “Recomendações para a melhoria das aprendizagens dos alunos em Matemática” de outubro de 2020 e percorreremos os aspetos mais significativos da atual proposta de Aprendizagens Essenciais das várias disciplinas de Matemática do Ensino Secundário. Temos o objetivo de promover a discussão dos participantes nesta sessão, e suscitar propostas que possam vir a fazer posteriormente no formulário disponível na página da DGE.
Todas as opiniões e contributos são importantes.

Jaime Carvalho e Silva, Professor Associado do Departamento de Matemática da FCT da Universidade de Coimbra. Membro do Centro de Investigação Matemática CMUC (UC). Responsável por disciplinas do 1º ano de cursos de Engenharia/Ciências/Gestão e do Mestrado em Ensino de Matemática da FCTUC. Docente do Programa de Doutoramento em História das Ciências e Educação Científica. Coordenador do Mestrado em Ensino de Matemática para o 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário da FCTUC. Autor de textos para o Ensino Básico, Secundário e Superior. Premiado duas vezes com o prémio Sebastião e Silva da SPM para manuais escolares. Co-autor dos programas de Matemática para o Ensino Secundário de 1997 e 2003, incluindo Matemática A e B, MACS e Matemática dos Cursos Profissionais e Artísticos. Coordenador do Grupo de Trabalho de Matemática nomeado pelo ME (2018-2020). Membro da Comissão Executiva e Secretário-Geral do ICMI-Comissão Internacional para a Instrução Matemática (2008-2010 e 2010-2012 respetivamente).

João Almiro, Licenciou-se em Matemática – Ramo Educacional (1981) e obteve o grau de Mestre em Educação – especialidade de Didáctica de Matemática (1998) na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É professor de Matemática na Escola Secundária de Tondela e tem estado ligado à formação de professores, desde 1990, como formador, tendo sido Diretor do Centro de Formação Tomás Ribeiro – Tondela de 1995 a 2001, e Consultor de Formação do referido Centro de 2005 a 2008. Esteve envolvido em variados projetos de inovação e desenvolvimento curricular, associados a programas de formação tanto na sua escola, como em colaboração com a DGIDC (Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento curricular) e a APM (Associação de Professores de Matemática), na qual se destacam o Grupo de Trabalho de Investigação, O Grupo de Trabalho do Ensino Secundário e o Grupo de Trabalho T3 (Teachers Teaching with Technology).

Susana Carreira é doutorada em Educação, na especialidade de Didática da Matemática, pela Universidade de Lisboa. Atualmente é Professora Associada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e Professora Associada Convidada do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. É colaboradora externa do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, no Brasil. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação em vários domínios da Educação Matemática, nomeadamente: tecnologias no ensino e aprendizagem da matemática, modelação matemática e Educação STEM, resolução de problemas, criatividade matemática e afetos na educação matemática. Participou em vários projetos e foi Investigadora Principal do projeto Problem@Web. É orientadora de teses e dissertações em Portugal, no Brasil e na Argentina. Tem participado ativamente em várias conferências internacionais e é autora de livros e artigos em revistas nacionais e internacionais.


Conferência 11

Sábado, 9 de julho, 9h00

Anfiteatro da ESCE/IPS

Pensamento Computacional e Matemática

Carlos Albuquerque, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, cmalbuquerque@fc.ul.pt

Resumo
Os matemáticos estão envolvidos no aparecimento do computador digital eletrónico e são centrais na formação das ciências da computação, que se desenvolvem tendo como fundamento a matemática. O pensamento computacional tem um conjunto de aspetos comuns com o pensamento matemático e a computação é parte integrante de muitos desenvolvimentos da matemática.Vamos ver alguns exemplos históricos das interligações entre matemática e computação. Pretende-se depois explorar alguns exemplos que possam ser usados no ensino, em que questões ou ideias matemáticas são exploradas através de programas em Python, discutindo-se também os conteúdos matemáticos envolvidos na construção dos programas.

Carlos Albuquerque é Licenciado em Matemática e Doutor em Matemática (Matemática Computacional) pela Universidade de Lisboa. É Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde tem sido responsável por várias disciplinas nas áreas de Análise Numérica, Programação, Simulação Computacional, Modelação Matemática e Matemática Financeira. Tem desenvolvido investigação em projetos interdisciplinares ligados à Química, Informática e Arquitetura e tem participado na formação inicial de professores de Matemática em diversas funções.Foi co-autor de brochuras de apoio ao Reajustamento dos Programas de Matemática (1997-1999), membro do Grupo de Trabalho constituído pela SPM, APM e SPCE que elaborou o documento “A Matemática na Formação Inicial de Professores” (2006) e membro do Grupo de Trabalho de Matemática que elaborou as “Recomendações para a melhoria das aprendizagens dos alunos em Matemática” (2020).


Conferência 12

Sábado, 9 de julho, 9h00

Sala 1

A Resolução de Problemas – com Tecnologias – nas novas Aprendizagens Essenciais de Matemática do Ensino Básico

Hélia Jacinto, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, hjacinto@ie.ulisboa.pt

Resumo
As novas Aprendizagens Essenciais de Matemática do Ensino Básico (AE) colocam uma forte ênfase no desenvolvimento de capacidades matemáticas transversais de forma integrada. As AE reconhecem também a relevância das ferramentas tecnológicas como recursos incontornáveis e poderosos na aprendizagem da Matemática, ampliando contextos e perspetivas sobre objetos matemáticos e permitindo análises e explorações que estariam inacessíveis aos alunos sem acesso a estes recursos. Em linha com estas recomendações, nesta conferência abordaremos o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas de matemática mediante o uso de tecnologias digitais. A partir de exemplos concretos, e em articulação com resultados de investigação na área, discutiremos primeiramente que ‘resolver’ um problema com tecnologia é uma ação indissociável de ‘exprimir’ o processo de resolução, o que, por sua vez, envolve explicar e justificar o pensamento matemático desenvolvido. Seguidamente, examinaremos a capacidade para ‘resolver e exprimir com tecnologia’ procurando identificar os aspetos da literacia digital e da literacia matemática que convergem neste contexto de resolução de problemas. Discutiremos, por fim, alguns dos desafios que esta integração de tecnologias digitais na resolução de problemas de matemática pode trazer, não só à atividade dos alunos, como também à do professor.

Hélia Jacinto, professora de Matemática, é doutorada em Didática da Matemática (IE-UL) e mestre em Informática Educacional (UCP). Atualmente coordena o projeto “Resolução Colaborativa de Problemas de Matemática com Tecnologias” no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. É autora e editora de vários livros e capítulos de livro, e tem publicado a sua pesquisa em conferências e revistas, nacionais e internacionais, na área da Educação Matemática. Tem tido uma participação ativa na vida e nas atividades da APM: foi vogal da Direção, integra a comissão coordenadora do Grupo de Trabalho de Investigação, tem colaborado na organização de diversos ProfMat e SIEM. No âmbito do GTI, integra a coordenação nacional do projeto “WiFi Portugal: O que considero importante no ensino e aprendizagem da Matemática”. É Subdiretora da Quadrante – Revista de Investigação em Educação Matemática da APM, e integra o Conselho Editorial da coleção Tendências em Educação Matemática, da Editora Autêntica (Brasil).


Conferência 13

Sábado, 9 de julho, 9h00

Anfiteatro da ESE/IPS

Pontes na e com a Matemática: o poder das conexões

Isabel Vale, Instituto Politécnico de Viana do Castelo & CIEC, isabel.vale@ese.ipvc.pt
Ana Barbosa, Instituto Politécnico de Viana do Castelo & CIEC, anabarbosa@ese.ipvc.pt

Resumo
O estabelecimento de conexões de natureza diversificada tem um potencial inegável no processo de ensino e aprendizagem da matemática. Por um lado, o reconhecimento de redes de relações dentro da matemática, entre temas, conteúdos, representações, capacidades, … , contribui para uma construção mais sólida e coerente do conhecimento matemático; por outro lado, a exploração de conceitos matemáticos em articulação com outras áreas de conhecimento ou com o quotidiano permite que os alunos reconheçam e valorizem a aplicabilidade e utilidade da matemática. Pode, por isso, assumir-se que o estabelecimento de conexões dentro e fora da matemática ajuda a dar sentido às ideias matemáticas, perspetivando o desenvolvimento de conhecimento mais aprofundado que vá para além da memorização de factos e procedimentos sem significado. Nesta conferência com discussão discutir-se-ão algumas destas ideias com base em trabalhos desenvolvidos no âmbito da educação matemática com alunos e futuros professores dos primeiros anos.

Isabel Vale é doutorada em Didática da Matemática e docente na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Tem lecionado em cursos de pós-graduação, formação inicial e contínua. Participado em projetos de investigação e de intervenção na área da educação matemática. É autora e coautora de relatórios, artigos e livros. A área de investigação está centrada a didática da matemática e na formação de professores.

Ana Barbosa é docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Doutorou-se em Estudos da Criança, na Universidade do Minho. É membro colaborador do Centro de Investigação em Estudos da Criança. Tem integrado equipas de investigação de projetos financiados, nacionais e internacionais. Autora e coautora de artigos e livros sobre várias temáticas entre as quais se destacam a formação de professores, o pensamento algébrico, a visualização e a resolução de problemas.